quarta-feira, 9 de julho de 2008

Oswald de Andrade e Mário de Andrade


O presente blog é um trabalho de lingua portuguesa e literatura no qual os alunos do 3° ano B do colégio Roberto Santos junto com o professor André Neves propõe-se a discutir os autores no modernismo no Brasil e suas respectivas obras.
Equipe:
Gina Carla,
Evandro,
Letícia,
Juliana e Nadson



Oswald de Andrade







o antropófago do modernismo
A obra de Oswalde de Andrade (1890-1954) representa um dos cortes mais profundos do modernismo brasileiro em relação a cultura do passado. Paulista de família rica , Oswald cursa direito e ingressa na carreira jornalistica.
Em sua vida jornalista teve alguns trabalhos como: A revista semanal o pirralho e o jornal do comercio.
algumas obras mais marcadas ideologicamente de Oswald de Andrade são: O manifesto antropófago, O romance serafim Ponte grande e a pessa teatral O rei da vela.
Ele sempre foi debochado, irônico e crítico em suas obras.
Temos um exemplo da forma critica como Oswald se expressava em alguns de seu poemas:


As meninas da gare

Eram três ou quatro moças bem
[moças bem gentis
com cabelos mui pretos pelas espaduas
E suas vergonhas tao altas e tão saradinhas
que de nós muito bem olharmos
Não tinhamos nenhuma vergonha


Canto de regresso à pátria

Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo.


Balada do Esplanada


Ontem à noite
Eu procurei
Ver se aprendia
Como é que se fazia
Uma balada
Antes de ir
Pro meu hotel.
É que este
Coração
Já se cansou
De viver só
E quer então
Morar contigo
No Esplanada.


Eu queria
Poder
Encher
Este papel
De versos lindos
É tão distinto
Ser menestrel
No futuro
As gerações
Que passariam
Diriam
É o hotel
É o hotel
Do menestrel


Pra me inspirar
Abro a janela
Como um jornal
Vou fazer
A balada
Do Esplanada
E ficar sendo
O menestrel
De meu hotel


Mas não há, poesia
Num hotel
Mesmo sendo
'Splanada
Ou Grand-Hotel


Há poesia
Na dor
Na flor
No beija-flor
No elevador



Mário de Andrade




vanguarda e tradição


Mario de Andrade (1893-1945) nasceu em São Paulo, cidade que amou intensamente e que retratou em várias de suas obras. Estudou musica no Conservatório Musical de São Paulo e cedo iniciou sua carreira como crítico de arte, em jornais e revistas. Com apenas 20 anos e com pseudônimo de Mário de Sobral publicou seu primeiro livro, Há uma gota de sangue em cada poema, no qual fazia críticas à carnificina produzida pela primeira Guerra mundial e defendia a paz.

Eu sou um escritor difícil
Que a muita gente enquisila,
Porém essa culpa é fácil
De se acabar de uma vez:
E só tirar a cortina
Que entra luz nesta escuridez.

(A Costela de Grão Cão)

O autor teve um papel decisivo na implantção do modernismo no Brasil. Homen de vasta cultura , pesquisador paciente , Mário soube dar a substância teórica de que necessita o movimento em algumas ocasiões decissivas: em 1922, meses após a semana, publicou o seu "Perfácio interessantissimo", texto teórico que abre Paulisseia desvairada, sua primeira obra de poemnas verdadeiramente modernista. Em 1925 quando se articulavam revisatas e movimentos por todo o país , Mário lançou o ensaio A escrava que nao é Isaura, no qual retomava e aprofundava suas considerações inicias sobre arte moderna.